sábado, 23 de julho de 2011

A alma do Depeche Mode completa 50 anos!


Parabéns ao nosso querido cinqüentão Martin Gore!


A alma dos Depeche Mode


Para conhecermos a história destes 30 anos de Depeche Mode, melhor do que ler a mais completa das biografias da banda, é lermos as dezenas de canções que Martin Gore escreveu ao longo destas 3 décadas. Da inocência dos poemas de adolescente que deu a conhecer em A Broken Frame, aos idealismos negros de Black Celebration, ou a paixão e o erotismo de Music For The Masses. Da dôr pessoal de Violator, aos hinos “gospel” religiosos de Songs Of Faith and Devotion, e a crueza dos dramas reais de Ultra. Do renascimento pessoal de Exciter, aos tortuosos caminhos do dia-a-dia em Playing The Angel, ao futuro de Sounds Of The Universe.
E nesta viagem pelas canções de 30 anos, revela-se também perante nós o retrato mais fiel do verdadeiro Martin Gore. Por isso digo que para mim ele é a alma dos Depeche Mode. E sem alma não há vida alguma. E se a tudo isto juntar todo o seu talento para a composição musical, e a sua voz delicodoce, então esta alma é perfeita. Por isso, longa vida ao melhor “songwriter” do mundo.

Por Fernando Ferreira.

Sua trajetória


Parabéns e obrigado por fazer parte de nossas vidas !

          Martin Lee Gore, nasceu em Dagenham, Essex, Inglaterra, no dia 23 de julho de 1961.
          É o principal compositor, e o segundo vocalista do DM (em geral, canta as músicas mais lentas da banda. Até 1986 usava somente teclados, mas a partir da tourné de 1988, ele começou a introduzir seus solos de guitarra, nas músicas.)
          Das primeiras apresentações do Composition Of Sound até o abandono de Vince Clarke, o papel de Martin Gore no Depeche Mode não tem sido fácil. Ainda que hoje em dia, seu nome sempre é lembrado na hora de elaborar uma lista do tipo 'os dez mais', isso não o entusiasma muito. "É embaraçoso ter um disco de ouro na parede. É meio como dizer: Veja como sou famoso.". 
         Atualmente Martin sempre demonstra ser uma pessoa extremamente calma, mas nem sempre foi assim. Quando era criança vivia brigando e arrumando confusões, seus pais estavam desesperados. "Mas isso tudo mudou, um dia quando minha mãe me surpreendeu espancando um garoto com um tijolo. Meu pai não me bateu, limitou-se a explicar-me que aquilo não estava certo, a partir de então, não sei porque, parei com as brigas e me tornei-me, um garoto muito tranqüilo.". 
         Na época da escola além das partidas de cricket e aulas de francês, o que mais atraía a Martin eram as aulas de língua alemã. "Na escola me graduei em francês e alemão e pretendia trabalhar em algo relacionado com isso. Fazendo traduções, numa agência de viagens, por exemplo. Porém era quase impossível.". Na verdade o que mais atraia Martin às aulas de Alemão, não eram as declinações do complicado idioma alemão, mas sim as viagens de intercâmbio oferecidas pela escola. Através dessas viagens, Martin passava algumas semanas de verão em uma granja no povoado de Schleswig-Holstein, no norte da Alemanha. "A vida no campo em pequenas doses, pode ser muito divertida.". 
         Com pouco mais de dezesseis anos Gore, comprou uma guitarra, aprendeu alguns acordes e formou uma banda chamada Norman And The Worns. Logo em seguida conheceu Vince Clarke, com que formou o French Look. Mais adiante ainda, com o mesmo Vince Clarke e mais um colega de escola, Andrew Flatcher formou o Composition Of Sound. "Vince e Andy estavam fortemente envolvidos em uma associação religiosa chamada Brigade Boys. Acho que eles pensavam que iam conseguir minha salvação, mas eu via tudo aquilo como um mero espectador.".
         A história detalhada desse começo musical, está explicada na sessão história, porque o que importa aqui, é o papel de Martin nisso tudo. Vale ressaltar, que naquela época um tímido Martin, muito inseguro com a qualidade de suas composições, sempre esteve a sombra de um despreocupado e dinâmico Vince. Mas o abandono de Vince, colocou Gore na linha de frente do Depeche. "Fui jogado nisso.". Agora ele tinha de se acostumar com a idéia de compor doze ou treze músicas para um único disco. "Sempre compus, desde os treze anos. Tinha algumas canções guardadas comigo.". Certamente isso tenha contribuído para que A Broken Frame fosse um álbum muito irregular e não superasse as expectativas criadas com Speak & Spell. "Por sorte éramos jovens e despreocupados. Se isso acontecesse hoje, iríamos dizer que vamos fazer agora? O segundo álbum não era nenhuma obra-prima, mas dava pro gasto, eu acho.". Ainda que realmente A Broken Frame não seja uma obra-prima, nesse álbum as letras passaram do banal puramente dançante, ao esotérico. Exemplo disso é "The Sun And Rainfall", vejamos um de seus versos: "Alguém vai chamar / Alguém vai despencar / E se esborrachar no chão / Sem ao menos ler o texto / Já vi isso antes / E é doloroso".
         Com músicas pensativas e ao mesmo tempo rápidas e alegres, Martin logo tornou-se mestre em mexer com emoções. "As pessoas me acham depressivo, mas não sou". E "A Question Of Lust"? "É uma música alegre, é alegre de certa maneira. Preste atenção, há otimismo em alguma parte dela.". 
         Dois são os temas básicos explorados por Gore em suas melodias: Sexo "Provavelmente 70% de nossas músicas abordam esse tema, fico surpreso quando falo com as pessoas e elas consideram o sexo secundário." e religião. "Nunca fui um cristão devoto, nem nunca segui uma religião em especial, mas gosto da idéia de crença, inclusive em algumas canções existe claramente um clima gospel.". Falando em suas composições, isso é o máximo que você consegue de Martin. Se insistir, ele logo citará o exemplo de Chuck Barry, que confessou ter escrito "Sweet Little Sixteen", porque seu empresário lhe contou que essa era a idade da maioria dos seus fãs. "Para mim isso foi o fim. Não posso mais ouvir essa musica.".      
         Uma coisa que realmente deixa Martin frustrado é a crítica britânica, que além de classificar sua musica como fria, vive lembrando de sua queda por roupas femininas. "Foi uma fase tão insignificante".
         No finalzinho da década de 80, Gore deu uma escapadinha do DM, para gravar um disco solo. "Para falar a verdade, até pensei em fazer outro álbum solo, mas quando minha filha nasceu, aquilo parecia ser mais divertido do que voltar ao estúdio. Preferi ter uma filha e me envolver com Sega, Mega-Drive e Super Nintendo. Perdi meses com Sonic, The Medgehog.". Em Counterfeit E.P., Martin preferiu abrir mão de suas obsessões, para fazer versões de suas músicas favoritas.
         Em 1990, Martin compôs uma das melhores músicas de todos os tempos: "Enjoy The Silence". Ela não só garantiu o sucesso do álbum Violator, como também foi eleita a melhor música daquele ano, no Brit Awards. Três anos mais tarde, foi a vez de Songs Of Faith And Devotion, impulsionar ainda mais a carreira do Martin. Porém depois desse álbum tudo começou a dar errado. Diante inúmeros problemas acumulados desde o final da década passada, quase o Depeche Mode desapareceu para sempre. A maioria dos problemas vividos pelo DM, em grande parte eram reflexos dos problemas pessoais de seus integrantes. Assim como Dave havia se viciado em cocaína e heroína, Martin também acabou tendo problemas, devido ao uso abusivo de bebidas alcoólicas. Porém o nascimento de sua segunda filha Ava Lee, em 1995, lhe deu mais confiança e sobriedade. Por outro lado a banda cada vez mais dava sinais de realmente iria desaparecer. Diante essa obscura perspectiva sobre o futuro do Depeche, Martin acabou por colaborar com projetos de alguns artistas. Em 1995, gravou "Coming Back To You", para o álbum tributo a Leonard Cohen. Depois disso colaborou com o trabalho de outros artistas como Spirit Fell, Garbage e Ken Andrews.
         Um novo momento familiar, em 2002, nasce seu terceiro filho : Kalo Leon.
         Estamos em 2003, Martin lançou seu segundo álbum de covers, chamado Counterfeit², e fez uma “mini tour” de divulgação, que foi muito bem recebida pelos fans. Acompanhou o lançamento do primeiro álbum solo de Dave Gahan, Paper Monters. Ele encorajou Dave o suficiente para, pela primeira vez, enfrenta-lo. Isso porquê, durante a promoção de Paper Monster, Dave declarou várias vezes que só voltaria a gravar com o Depeche Mode, se Martin fizesse concessões. A mais importante delas, seria aceitar a idéia de que num próximo álbum da banda, suas composições, também fossem incluídas. Ainda que o estilo apresentado por Dave em seu álbum solo, pouco ou quase nada tenha haver com o habitualmente feito pelo DM, ao que tudo indica, Martin se dispôs a aceitar as imposições de Dave, pois no álbum de 2005, “Playing The Angel”, foram incluídas 3 faixas escritas por ele : “Suffer Well”, “I Want It All” e “Nothing’s Impossible”.
        Nessa mesma época, divorciou-se, “Precious”, é uma letra que fala sobre seus sentimentos, e é dedicada a seus filhos.
        A tourné do álbum foi um sucesso, que resultou num dvd “Touring The Angel – Live in Milan”. Martin, como pode ser visto no próprio dvd/tourné, está “mais solto e mais envolvido com a platéia”, suas participações são cada vez mais encantadoras, e o público espera por esses momentos.
        Gravaram o album “Sounds Of The Universe”, que contém também músicas de Dave : “Hole To Feed”, “Come Back” e “Miles Away/The Truth is”.
        Fizeram uma nova tourné mundial, onde “quase vieram ao Brasil”, mas chegaram aqui pertinho. (Onde tive a oportunidade de “esbarrar com ele no aeroporto” – um grande momento, em minha vida ! – mesmo sendo um curto tempo de encontro – mas, foi um grande acontecimento, pois o vi de muito perto...). E foi justamente depois da passagem da banda pela Argentina, “na volta para a segunda fase da tourné européia, que Martin, fez várias surpresas para seus fans. (Normalmente, ele prepara entre 4 a 6 músicas, e intercala somente essas faixas, durante a tourné inteira...). Nos últimos 5 meses da tourné, ele simplesmente executou : “Jezebel”, “Home”, “Little Soul”, “A Question Of Lust”, “Somebody”, “Judas”, “Shake The Disease”, “Clean”, “Dressed In Black”, “Freelove”, “One Caress”, “Sister Of Night” e “Insight”.
        Praticamente dobrou o número de músicas que ele prepara para uma tourné inteira. Agradáveis surpresas, prá quem escutou e viu ao vivo, ele executando algumas dessas pérolas, acima citadas.
        Paralelo, ao seu trabalho solo e dentro do DM, ele fez alguns remixes prá várias bandas alternativas, tem feito também várias apresentações como Dj. (Há pouco tempo atrás, fez uma em Santa Bárbara, e tocou também na “Short Circuit – Evento da Mute.
        Vince Clarke, divulgou que Martin está trabalhando com ele, num álbum “techno”, mas, sem cobranças com data prá lançamento, etc...
        Participou do álbum “Back the Light” do álbum de 2010 do Bomb The Bass (Do Tim Simenon), com a faixa “Milakia”
        Afinal mesmo com tanto tempo de estrada, ainda é no Depeche Mode onde Martin Gore consegue expressar melhor seus sentimentos.
        E é justamente nesse ponto, “SENTIMENTOS”, onde esse que escreve essa biografia, mais lhe admira.
        Martin : são quase 28 anos, que lhe acompanho, leio e releio suas composições, e você tem o dom de escrever/descrever – justamente os “nossos sentimentos”. A alegria, a angústia, a tristeza, o amor e a esperança que você sempre coloca em suas letras. Sou e sempre serei, seu “eterno seguidor”.
        Você sempre será um “mestre” para mim.
        Parabéns, e muito obrigado por existir em nossas vidas !!!

        Uma Observação Importante : esse texto foi parcialmente traduzido por mim e uma amiga, Cynthia Pucci, para a página “For The Masses”, do meu amigo All75.
        Eu apenas atualizei e inclui alguns dados que achei necessário, nessa biografia do Martin.

Por:  Jeanbong13 Campagner 



Sobre Martin:


Data de nascimento: domingo, 23 de Julho de 1961
Local de nascimento: Londres
Signo: Leão
Olhos: Verde
Altura (m): 1,7
Detalhes da família: Ex-Esposa Suzanne, filha Viva e Ava
Passatempos: Leitura, jogos de computador
Bandas anteriores: Norman and the Worms
Cidade favorita visitada: Cape Town
País favorito visitado: África do Sul
Comida favorita: Indiana, Japonesa
Bebida favorita: Vinho seco, do Porto, tinto, etc.
Esporte favorito: Futebol, futebol americano
Cores favoritas: Preto
Filme favorito: Shoah
Livro favorito: Diary of a Drug Fiend - de Aleister Crowley
Programa de TV favorito: O mundo em guerra
Estações de rádio favoritas: Eu nunca escuto o rádio, a menos que no carro com alguma outra pessoa que dirija
Canção favorita: Dark End of the Street - de James Carr
Canção própria favorita: Policy of Truth
Album favorito: White Álbum - dos Beatles
Álbum próprio favorito: Ultra
Vídeo próprio favorito: Enjoy The Silence
Banda favorita: The Velvet Underground

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Um comentário:

  1. Viva a Martin hehehe e obg Martin por ter criado esta maravilha de banda riss no qual sou fãn riss até amigo DM!


    TO BE CONT.. COM JESUS!

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