Alan Charles Wilder, nasceu no 01 de junho de 1959, em Londres no bairro de Action, onde passou por uma infância tranqüila dentro do que chama de 'uma família de classe média normal'. Porém havia uma imposição de seu pai que Alan odiava, desde pequeno: as aulas de piano. Segundo ele, em sua família a música sempre foi algo muito importante, já que um dos seus irmãos trabalhava acompanhando, ao piano, cantores clássicos, e outro dava aulas de música na Finlândia.
Diante da perspectiva de que Alan passava o dia em casa sem fazer nada, seus pais o obrigaram a enviar currículos a todos os estúdios de gravação de Londres, porque parecia que a técnica aplicada na música era a única coisa que o interessava. E foi assim que Alan conseguiu um emprego no DJM Studios em New Oxford Street. "Era garoto de recados não fazia nada de interessante.".
Alan admite que naquela época não lhe agradava a idéia de formar uma banda. Contudo quando um grupo de rock, sem demasiadas pretensões, chamado The Dragons, lhe ofereceu uma chance, não pensou duas vezes. "Pareciam bem simpáticos. Resolvi deixar o trabalho do qual estava farto e fui com eles para Bristol. Fizemos várias apresentações, inclusive gravamos um single, o qual sinceramente não me recordo.". Com o tempo o grupo começou a lhe aborrecer, então em 1978 uniu-se a um grupo médio de new wave chamado Daphne And The Tenderspots. "Era espantoso, tivemos a sorte de gravar um single chamado 'Disco Hell', mas na verdade éramos horríveis.". Depois disto em 1979, Alan passou pelo Real To Real, onde participou do álbum Tightrope Walkers. Em 1980, gravou o single "Bates Motel" com o grupo The Hitmen e deu sua contribuição no single "If I Had You" do The Korgis.
Finalmente, em dezembro de 1981, Wilder leu um anúncio no semanário musical Melody Maker, que dizia: "Banda conhecida necessita de tecladista, menor de 21 anos". Embora tivesse 22 anos, a experiência adquirida na passagem pelos grupos anteriores, candidataram Alan a vaga deixada por Vince, que mesmo sabendo muito pouco sobre os integrantes do Depeche Mode, já tinha uma opinião formada a respeito do grupo. "Eu conhecia os singles 'Just Can't Get Enough' e 'New Life', e os achava muito infantis..., embora às vezes os considerasse imprevisíveis. Por outra parte quando os conheci, me pareceram bastante simpáticos.".
Depois de uma sessão de testes, com severa audição , Alan ficou durante alguns meses simplesmente como músico contratado, aparecia na tevê e nos shows, mas não participava da produção dos discos. Sua primeira performance junto com o DM foi em janeiro de 1982, no Croc's em Rayleigh. Segundo o que declararia com o tempo, pensava que poderia contribuir com algumas idéias, porém o grupo continuava se opondo. "O problema naquela época, é que eles precisavam provar algo para si mesmos. Eles não queriam aceitar a idéia que haviam contratado um músico para as coisas ficarem mais fáceis.". No início de 1983, Alan tornou-se membro oficial do DM, sua influência musical já tornou-se visível no LP daquele ano, Construction Time Again, o som eletrônico deu lugar as experimentações influenciadas pelo rock industrial, ruídos do cotidiano pipocando aqui e ali, tiram as músicas do pavimento puramente dançante. Com sua paixão pela técnica, Alan tornou-se peça fundamental para o grupo. "Com Alan no grupo - declararia Dave após a gravação Songs Of Faith - não temos o que nos preocupar, com relação ao processo de gravação. Eu estou muito tranqüilo, por que ele é uma pessoa capaz de passar 24 horas em um estúdio, à procura do som adequado. Ele é obcecado pela perfeição técnica e isso dá uma segurança enorme ao Depeche.".
Essa obsessão sem limites levou Alan a criar um grupo paralelo chamado Recoil, onde ele deságua suas loucuras radicais, impossíveis de incluir em uma banda majoritária como o DM. Sons ambientais, repetições minimalistas, samplers de ruídos cotidianos formam o mundo de Recoil. Esse projeto de Alan, começou em 1986 com o álbum 1+2, teve continuidade em 1988 com Hidrology e Bloodline em 1992. (Ainda em 1991, produziu o Nitzer Ebb, fez alguns remixes, e a amizade entre eles é tão forte, que é comum participarem um no álbum do outro, apresentações especiais do vocalista nos discos e shows do Recoil e o Alan mixando e produzindo o Nitzer.)
Em julho de 1995, Alan reuniu-se com Andy e Martin, em Londres para comunicar sua decisão de deixar o DM. Alan, também passou um fax para Dave em Los Angeles, informando-o de sua decisão. Alguns fãs acreditam que Alan deixou o Depeche, para dedicar-se ao Recoil, mas ele afirma que os motivos foram outros. "Acredito que nossa capacidade de produção musical está comprometida, a qualidade de associação talvez esteja deteriorada a ponto de eu não me sentir ansioso para nos reunirmos. Nossa relação está seriamente comprometida. Não tive opção, tinha de sair do DM, para não acabar causando mais frustrações.".
Depois de sua saída do DM, Alan seguiu em carreira com o Recoil, lançou os álbuns “Unsound Methods”(1997) e Liquid (2000), que tiveram ótima aceitação de público e crítica. Em determinada época, ficou bravo com a Mute, alegando que “não tinha a devida atenção e reconhecimento no quesito promocional”, mas superou suas crises.
Diante da perspectiva de que Alan passava o dia em casa sem fazer nada, seus pais o obrigaram a enviar currículos a todos os estúdios de gravação de Londres, porque parecia que a técnica aplicada na música era a única coisa que o interessava. E foi assim que Alan conseguiu um emprego no DJM Studios em New Oxford Street. "Era garoto de recados não fazia nada de interessante.".
Alan admite que naquela época não lhe agradava a idéia de formar uma banda. Contudo quando um grupo de rock, sem demasiadas pretensões, chamado The Dragons, lhe ofereceu uma chance, não pensou duas vezes. "Pareciam bem simpáticos. Resolvi deixar o trabalho do qual estava farto e fui com eles para Bristol. Fizemos várias apresentações, inclusive gravamos um single, o qual sinceramente não me recordo.". Com o tempo o grupo começou a lhe aborrecer, então em 1978 uniu-se a um grupo médio de new wave chamado Daphne And The Tenderspots. "Era espantoso, tivemos a sorte de gravar um single chamado 'Disco Hell', mas na verdade éramos horríveis.". Depois disto em 1979, Alan passou pelo Real To Real, onde participou do álbum Tightrope Walkers. Em 1980, gravou o single "Bates Motel" com o grupo The Hitmen e deu sua contribuição no single "If I Had You" do The Korgis.
Finalmente, em dezembro de 1981, Wilder leu um anúncio no semanário musical Melody Maker, que dizia: "Banda conhecida necessita de tecladista, menor de 21 anos". Embora tivesse 22 anos, a experiência adquirida na passagem pelos grupos anteriores, candidataram Alan a vaga deixada por Vince, que mesmo sabendo muito pouco sobre os integrantes do Depeche Mode, já tinha uma opinião formada a respeito do grupo. "Eu conhecia os singles 'Just Can't Get Enough' e 'New Life', e os achava muito infantis..., embora às vezes os considerasse imprevisíveis. Por outra parte quando os conheci, me pareceram bastante simpáticos.".
Depois de uma sessão de testes, com severa audição , Alan ficou durante alguns meses simplesmente como músico contratado, aparecia na tevê e nos shows, mas não participava da produção dos discos. Sua primeira performance junto com o DM foi em janeiro de 1982, no Croc's em Rayleigh. Segundo o que declararia com o tempo, pensava que poderia contribuir com algumas idéias, porém o grupo continuava se opondo. "O problema naquela época, é que eles precisavam provar algo para si mesmos. Eles não queriam aceitar a idéia que haviam contratado um músico para as coisas ficarem mais fáceis.". No início de 1983, Alan tornou-se membro oficial do DM, sua influência musical já tornou-se visível no LP daquele ano, Construction Time Again, o som eletrônico deu lugar as experimentações influenciadas pelo rock industrial, ruídos do cotidiano pipocando aqui e ali, tiram as músicas do pavimento puramente dançante. Com sua paixão pela técnica, Alan tornou-se peça fundamental para o grupo. "Com Alan no grupo - declararia Dave após a gravação Songs Of Faith - não temos o que nos preocupar, com relação ao processo de gravação. Eu estou muito tranqüilo, por que ele é uma pessoa capaz de passar 24 horas em um estúdio, à procura do som adequado. Ele é obcecado pela perfeição técnica e isso dá uma segurança enorme ao Depeche.".
Essa obsessão sem limites levou Alan a criar um grupo paralelo chamado Recoil, onde ele deságua suas loucuras radicais, impossíveis de incluir em uma banda majoritária como o DM. Sons ambientais, repetições minimalistas, samplers de ruídos cotidianos formam o mundo de Recoil. Esse projeto de Alan, começou em 1986 com o álbum 1+2, teve continuidade em 1988 com Hidrology e Bloodline em 1992. (Ainda em 1991, produziu o Nitzer Ebb, fez alguns remixes, e a amizade entre eles é tão forte, que é comum participarem um no álbum do outro, apresentações especiais do vocalista nos discos e shows do Recoil e o Alan mixando e produzindo o Nitzer.)
Em julho de 1995, Alan reuniu-se com Andy e Martin, em Londres para comunicar sua decisão de deixar o DM. Alan, também passou um fax para Dave em Los Angeles, informando-o de sua decisão. Alguns fãs acreditam que Alan deixou o Depeche, para dedicar-se ao Recoil, mas ele afirma que os motivos foram outros. "Acredito que nossa capacidade de produção musical está comprometida, a qualidade de associação talvez esteja deteriorada a ponto de eu não me sentir ansioso para nos reunirmos. Nossa relação está seriamente comprometida. Não tive opção, tinha de sair do DM, para não acabar causando mais frustrações.".
Depois de sua saída do DM, Alan seguiu em carreira com o Recoil, lançou os álbuns “Unsound Methods”(1997) e Liquid (2000), que tiveram ótima aceitação de público e crítica. Em determinada época, ficou bravo com a Mute, alegando que “não tinha a devida atenção e reconhecimento no quesito promocional”, mas superou suas crises.
Declarou ainda manter interesse pelo trabalho do DM, "É comum, que ainda me mantenha interessado pelo que eles fazem, quem não ficaria curioso tendo sido membro do grupo por tantos anos.". Confirmou que dificilmente voltará a trabalhar com outra banda, "Desde que sai do Depeche, já recebi muitas propostas, porém nenhuma me despertou interesse. Teria de ser algo muito especial para voltar a entrar num estúdio com outro artista.", afirmou também, que é pouco provável lançar, em 2003 algum material novo, para a tristeza de seus fãs. "Ultimamente tenho andado preocupado com outras coisas e a música não tem recebido muito do meu tempo. Tenho umas quantas canções porém sem nenhuma direção concreta, ao menos por enquanto.".
Há um bom tempo afastado, voltou em 2007 com o álbum “Subhuman”, de onde foi extraído o limitado single de “Prey/Allelujah”, lançado apenas na Rússia.
Em 2010, no dia 17 de fevereiro participou de um show beneficente para o “Teenage Cancer Trust” junto com o Depeche Mode, tocando piano em “Somebody”, foi a primeira vez que tocaram juntos, desde sua saída em 1994. Foi uma bela apresentação. Fato prá ficar na história tanto do Depeche, como do Alan.
É anunciado algumas datas para uma pequena tourné entre março e abril, para o lançamento do álbum “Selected”, uma excelente coletânea do Recoil, o que seriam apenas uns 10 shows de divulgação na Europa, acabaram virando uma tourné extensa, “Selected Events – A Strange Hour” passando inclusive pelo Brasil, no dia 10 de novembro de 2010. (mais detalhes sobre esse show, vejam nas matérias anteriores, procurem pela data...).
O Recoil recebeu até prêmios pela tourné e álbum. Com certeza, foi o reconhecimento de anos de trabalho, de um grande músico. Sem contar o quanto ele foi (e é) importante para o “amadurecimento sonoro” do Depeche, onde ele praticamente criou um novo estilo, um novo jeito de fazer e gravar as músicas, devido ao seu perfeccionismo.
Em 2011, contribuiu com um mix de “In Chains” para o novo álbum de Remixes do Depeche Mode. (lançamento em 06/06/11).
Participou em maio, do “Short Circuit Festival” – evento da Mute Records, e também anunciou novas datas de shows para esse ano, dando continuidade a sua tourné.
Alan Wilder tem dois filhos : Paris e Stanley Duke Wilder, frutos de seu casamento com a violinista Hepzibah Sessa, ex-integrante do Miranda Sex Garden.
Atualmente, está namorando Britt Rinde Hval.
E postou um vídeo, fazendo um certo mistério com a data de 22 07 2011.
Agora, existe outro vídeo, indicando que se trata de uma venda de itens raros e pessoais dele, na época em que estava no Depeche Mode. O link do novo vídeo :
Uma Observação Importante : esse texto foi parcialmente traduzido por mim e uma amiga, Cynthia Pucci, para a página “For The Masses”, do meu amigo All75.
Eu apenas atualizei e inclui alguns dados que achei necessário, nessa biografia do Alan.
Abaixo, segue a carta do Alan Wilder, ao deixar o Depeche Mode, em 1995.
"Devido a uma crescente deterioração nas relações internas e de trabalho na banda, e com alguma tristeza, é que decidi abandonar o Depeche Mode. A decisão de deixar a banda não foi fácil, particularmente porque nossos últimos álbuns foram uma demonstração do alto potencial que Depeche Mode havia desenvolvido.
Desde que me uni em 1982, me esforcei continuamente para dar uma total energia, entusiasmo e compromisso, para que o grupo obtivesse mais êxito, e que voluntariamente ofereci, apesar da má distribuição da quantidade de trabalho. Infelizmente, já fora da banda, minhas contribuições nunca receberam o respeito e o reconhecimento que todo meu trabalho garantia.
Acredito que enquanto a dimensão de nosso potencial musical melhorou, a qualidade de associação se deteriorou a ponto a que não sentia mais que os fins justificados do egoísmo. Não desejo deixar mal-entendidos no pessoal; só digo que as relações chegaram a ser seriamente preocupantes, cada vez mais frustrantes e, ultimamente, certas situações eram intoleráveis.
Diante tais circunstancias, não tenho outra opção, a não ser deixar a banda. Isso parece preferível antes que esta situação cresça ainda mais e que siga retendo meu grande entusiasmo e paixão pela música. Estou emocionado com as perspectivas de dedicação à novos projetos.
O resto dos membros do grupo tem meu apoio e os melhores anseios para qualquer coisa a que se dediquem no futuro, seja individual ou coletivamente."
Desde que me uni em 1982, me esforcei continuamente para dar uma total energia, entusiasmo e compromisso, para que o grupo obtivesse mais êxito, e que voluntariamente ofereci, apesar da má distribuição da quantidade de trabalho. Infelizmente, já fora da banda, minhas contribuições nunca receberam o respeito e o reconhecimento que todo meu trabalho garantia.
Acredito que enquanto a dimensão de nosso potencial musical melhorou, a qualidade de associação se deteriorou a ponto a que não sentia mais que os fins justificados do egoísmo. Não desejo deixar mal-entendidos no pessoal; só digo que as relações chegaram a ser seriamente preocupantes, cada vez mais frustrantes e, ultimamente, certas situações eram intoleráveis.
Diante tais circunstancias, não tenho outra opção, a não ser deixar a banda. Isso parece preferível antes que esta situação cresça ainda mais e que siga retendo meu grande entusiasmo e paixão pela música. Estou emocionado com as perspectivas de dedicação à novos projetos.
O resto dos membros do grupo tem meu apoio e os melhores anseios para qualquer coisa a que se dediquem no futuro, seja individual ou coletivamente."
Alan Charles Wilder
1º de Junho de 1995.
Postado por Jeanbong13 Campagner
No site DMBRASIL:
Nenhum comentário:
Postar um comentário